O Mito da Caverna
Por Caíque Dutra
Platão (428a.C. – 347a.C.), filósofo grego, de Atenas e discípulo de Sócrates, na obra A República, ressalta tal mito: - Havia homens acorrentados desde a infância, voltados apenas ao fundo da caverna. Atrás deles, brilhava uma luz. Eles viam o reflexo na parede como realidade, porém, era sombra; e ouviam só os ecos produzidos lá fora. Na saída, havia um muro. Um deles se liberta, mas demora habituar-se na nova visão. Vê o muro e, atrás dele, estatuetas e homens movimentando-se. Descobre que esta é a realidade, vendo as coisas em si mesmas. Então, volta em resgate dos prisioneiros que o desdenha, ignorando o novo.
A caverna é o globo; as correntes, paixões e pré-juízos humanos; as sombras, espelho da realidade. Quebrar as algemas e fugir do claustro é buscar a felicidade através das virtudes: conhecimento, justiça, bondade, respeito e outros. Destarte, o homem se descobre, se define e se realiza. As cavernas são as várias formas de alienação existentes na sociedade, como os meios de comunicação e seu alvo principal - a juventude.
A sociedade permissivista e capitalista enfatiza um hedonismo (busca do prazer) e um consumismo a todo custo sem importar-se com a forma como é feito, tornando o homem um ser individualista e relativista. Às vezes, suprimindo a dignidade humana e desvalorizando o outro. Sem um conhecimento prévio, torna-se difícil perceber e mudar tal situação. Pois a maximização das coisas, inclusive do corpo, torna-as “deuses”, diminuindo a preocupação e dificultando a convivência com o próximo.
O saber é um passo para discernir e praticar as virtudes necessárias à vida. É preciso destruir as “algemas”, fugir da ignorância, pular os muros, chegar à luz e voltar para o resgate dos enclausurados, não temendo o desdém e os pré-conceitos. Pois o sábio é capaz de se soltar das amarras, dirigir-se para fora de si e contemplar a luz. Cabe a quem chegar à luz, voltar em resgate do outro.
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